É estanho como coisas simples se tornam marcantes quando temos saudade...
É um vazio, algo que não pode ser explicado, mas que atiça sensações quando menos esperamos.
O gosto de um beijo sabor uva verde... E também do “cherry chapstick”, e como lembro desse sabor. Ou aquele perfume, que insiste em ser usado por outras pessoas e me fazer respirar fundo ao sentir. E sem esquecer das músicas que compunham a trilha sonora, músicas oferecidas, músicas que falam de um momento de felicidade ou tristeza. Bem... Foram tantas, são tantas.
“Talvez pudéssemos fazer isso dar certo
Poderíamos fazer isso melhor alguma vez
Talvez pudéssemos fazer isso acontecer baby
Poderíamos continuar tentando
Mas as coisas nunca mudarão”
Ou me lembro de um bilhete mal escrito, citando um trecho de uma música:
“Me desgrace
Me odeie
Só não esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie
Só não esqueça
Que eu amei você”
Eu pego as cartas antigas, eu leio, eu releio, e que com o passar do tempo insistem em desbotar e perder o seu perfume.
Assim como uma flor de plástico que ainda pode estar guardada em uma gaveta... Flor de carnaval. Flor achada, flor dada e talvez ainda guardada. Acho que é mesmo verdade quando dizem que “As flores de plástico não morrem”.
As vezes ainda fecho os olhos e lembro daquele rosto. Do sorriso tímido e dos olhos brilhantes e sonhadores, muitas vezes molhados. As vezes penso que a felicidade até existe.... Já me perguntaram qual o meu medo... Acho que tenho medo de me apaixonar.
For End